5 de julho de 2013

Empréstimos, depósitos e euribor

No seguimento do meu posto anterior sobre a evolução das taxas Euribor, apresento abaixo a relação entre a evolução da Euribor a 6 meses com as taxas praticas por bancos nacionais a particulares para novas operações de  crédito habitação e novas operações de depósitos bancários renováveis até um ano.
Taxa de Juro Empréstimos e Depósitos de Particulares e Euribor 6 Meses
(Fonte: Banco de Portugal, EBF)

Até meados de 2005, os bancos gozavam de uma margem financeira confortável. Conseguiam financiar-se junto dos particulares, ou no mercado interbancário, e ter uma margem financeira razoável. Alias, esta basta olhar para o net interest margin e resultados destas instituições neste período. Esta tendência no entanto veio a degradar-se com as campanhas de crédito habitação agressivas que todos nós conhecemos. Quem não se lembra das campanhas que ofereciam 100% de financiamento (às vezes até mais) e um spread de 0,25%?

Taxa de Juro Empréstimos vs. Depósitos e Euribor 6 Meses
(Fonte: Banco de Portugal, EBF)
A loucura do crédito habitação atingiu o auge em agosto de 2007. O spread entre a taxa média dos novos créditos e a Euribor a 6 meses foi de 0,2%. Esta situação mudou drasticamente em novembro de 2008, o spread médio passou para 1,4%, mais 0,9% que o mês anterior e atingiu uma valor máximo de 3,2% em em janeiro de 2012. A evolução do spread entretanto tem rondado os 3%. 

A evolução do spread foi influenciado principalmente pelas condições de financiamento dos bancos nacionais e pelas suas politicas de funding e desalavancagem.

O aumento significativo dos spreads foi acompanhado pelo aumento da remuneração dos depósitos. Em outubro de 2011, a taxa de juro dos novos depósitos foi superior à taxa de juro dos novos empréstimos.

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