1 de outubro de 2013

Vendas no Comércio a Retalho - agosto 2013



O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho registou, em agosto, uma variação homóloga de -0,1% (-1,6% no mês anterior). Os índices de emprego, do número de horas trabalhadas ajustadas dos efeitos de calendário e das remunerações, apresentaram taxas de variação homóloga de -4,0%, de -5,3% e de -5,3%, respetivamente (-4,5%, -5,8% e -5,9% no mês anterior, pela mesma ordem).
Vendas comércio a retalho agosto 2013


Fonte: INE - Vendas no Comércio a Retalho (preços 
constantes e ajustado dos efeitos de calendário e de sazonalidade)

Conforme fez prever a evolução do indicador de confiança dos consumidores de agosto, as vendas no comércio a retalho registaram uma evolução positiva significativa e registou o melhor valor desde agosto 2012. Confirma-se assim a trajetória ascendente que teve início no primeiro trimestre de 2013.

A evolução positiva deste indicador aumenta a probabilidade de uma boa leitura para a evolução do PIB no 2º e 3º trimestre.

27 de setembro de 2013

Indicador de Confiança dos Consumidores - setembro 2013

 Indicador de confiança dos Consumidores

O indicador de confiança dos Consumidores aumentou de forma significativa em agosto e setembro, reforçando o perfil ascendente observado desde o início do ano.

Indicador de confiança dos consumidores


O valor verificado em setembro foi o melhor registado desde outubro de 2010. Tem-se assistido a uma melhoria significativa deste indicador desde o mínimo verificado em dezembro 2012.

Indicador de confiança e vendas a retalho


A relação entre as vendas do comércio a retalho e o indicador de confiança tem sido bastante forte ao longo dos últimos 18 meses. Se esta tendência se mantiver, podemos esperar uma recuperação significativa das vendas a retalho nos meses de agosto e setembro.

26 de setembro de 2013

Vendas no Comércio a Retalho - julho 2013

Vendas no Comércio a Retalho apresentaram variação homóloga menos negativa - Julho de 2013 
O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho registou, em julho, uma diminuição homóloga de 2,3% (variação de -2,6% no mês anterior). Os índices de emprego, do número de horas trabalhadas ajustadas dos efeitos de calendário e das remunerações, apresentaram taxas de variação homóloga de -4,6%, de -6,1% e de -5,8%, respetivamente (-4,8%, -5,1% e -5,9% no mês anterior, pela mesma ordem). 
Vendas comércio a retalho


Fonte: INE - Vendas no Comércio a Retalho (preços 

constantes e ajustado dos efeitos de calendário e de sazonalidade) 


Mais um indicador que permite aferir que a economia Portuguesa possa ter encontrado um fundo no final de 2012.

22 de setembro de 2013

Sado Externo de Bens e Serviços - 2ºT 2013

O saldo externo de bens e serviços continuou a melhorar no segundo trimestre de 2013 e foi sem dúvida a variável macro económica que mais contribuiu para o bem desempenho da economia Portuguesa no segundo trimestre. Desde o segundo trimestre de 2012 que o saldo externo de bens e serviços está tendencialmente equilibrado.

Saldo externo de bens e serviços

(Fonte: INE, Trimestral)

Apesar do aumento da importações que refletem o aumento do consumo privado verificado ao longo dos últimos meses, as exportações têm tido um comportamento assinalável, e cujo crescimento tem acelerado ao longo dos últimos dois trimestres.




 (Fonte: INE, Trimestral)

O bom desempenho da indústria hoteleira deu mais um contributo positivo para a evolução positiva da balança de bens e serviços.


Saldo externo de serviços

20 de setembro de 2013

Atividade Turística - julho 2013

Atividade Turística - junlho 2013


Os estabelecimentos hoteleiros apresentaram 5,3 milhões de dormidas, em julho de 2013, correspondendo a uma variação homóloga de +3,8%, inferior contudo à registada no mês anterior (+8,6%). As dormidas de não residentes cresceram 6,0% (+10,1% em junho 2013), mas a evolução dos residentes foi negativa (-1,3%), contrariando o resultado do mês anterior (+5,3%). Dos principais mercados emissores, destaca-se o assinalável crescimento homólogo dos EUA (+24,1%) e ainda os contributos positivos da Irlanda (+10,5%), Alemanha (+9,9%), França (+9,9%) e Reino Unido (+8,7%). Os proveitos totais apresentaram uma evolução homóloga positiva de 6,7% e os proveitos de aposento 7,3%.

Fonte: INE


Dormidas Hoteleiras Portugal julho 2013

Dormidas Hoteleiras Portugal julho 2013

Dormidas Hoteleiras Portugal julho 2013

14 de agosto de 2013

Atividade Turística - junho 2013

Atividade Turística - junho 2013

A hotelaria registou 4,4 milhões de dormidas em junho de 2013, mais 8,6% do que em junho de 2012. Para este acréscimo contribuíram tanto os residentes (+5,3%), como os não residentes (+10,1%). Dos principais mercados emissores, em termos de crescimento homólogo, destacaram-se a Irlanda (+25,9%), França (+17,6%) e o Brasil(+10,9%).
Fonte: INE





16 de julho de 2013

Indicador de Confiança dos Consumidores - junho 2013

O indicador de confiança dos Consumidores aumentou em junho, após ter diminuído no mês anterior, retomando o movimento ascendente observado depois de atingir o mínimo da série em dezembro.
Fonte: INE

Mais um indicador que aponta para a inversão da tendência do consumo interno. 

indicador de confiança consumidores - junho 2013
(Fonte: INE)
O valor mais baixo do indicador de confiança coincide com o mais baixo do índice de volume de negócios no comércio a retalho, final de 2012. Todos estes indicadores apontam para a inversão da tendência de descida do consumo interno já no primeiro trimestre deste ano.

indicador de confiança consumidores e vendas a retalho - junho 2013
(Fonte: INE)

15 de julho de 2013

Atividade Turística - maio 2013


Atividade Turística - maio 2013
A hotelaria registou 1,4 milhões de hóspedes em maio de 2013, +7,0% que em maio de 2012, e cerca de 4,0 milhões de dormidas (+11,8%). Este último acréscimo contou essencialmente com o contributo dos não residentes, cujo número de dormidas cresceu 15,5% face a maio 2012 (+2,6% em maio de 2012 por comparação com maio de 2011). Os proveitos apresentaram igualmente uma evolução homóloga favorável (+8,9% para os proveitos totais e +12,2% para os de aposento), face aos resultados negativos registados no mês homólogo de 2012.
Fonte: INE

Dormidas em Estabelecimentos Hoteleiros

Destaque para a perda de quota do turismo nas regiões Centro, Alentejo e Açores.

Dormidas em Estabelecimentos Hoteleiros por Região

14 de julho de 2013

Vendas no Comércio a Retalho - maio 2013

O Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho registou, em maio, uma diminuição homóloga de 3,5% (variação de -2,1% no mês anterior).

Apesar da diminuição homóloga superior face ao mês anterior (afetado pelo registo de abril 2012), os dados apontam uma melhoria face ao 4º trimestre de 2012. Se as vendas a retalho foram em junho próximas de 85, uma estabilização face ao final do ano passado, o consumo interno poderá ter dado um contributo positivo para o crescimento do PIB no 2º trimestre a par da procura externa.


Fonte: INE - Vendas no Comércio a Retalho (preços
constantes e ajustado dos efeitos de calendário e de sazonalidade) 

13 de julho de 2013

Sado Externo de Bens e Serviços - 1ºT 2013

Muito se tem falado sobre o ajustamento do desequilíbrio externo da economia Portuguesa. Em expetativa da divulgação dos dados referente à evolução do PIB no 2º trimestre, deixo aqui a evolução do saldo externo de bens e serviços até o 1º trimestre de 2013.

(Fonte: INE, Trimestral)
De facto, 2013 parece que vai ser o primeiro ano, em muitos, em que o saldo externo de bens e serviços será positivo. Significa isto que o país irá vender mais bens e serviços ao exterior do que compra. Ou seja, a procura externa dará um contributo líquido positivo para o crescimento da economia e servirá de fonte de financiamento da economia Portuguesa. 

De acordo com os dados mensais preliminares publicados pelo INE, podemos esperar a manutenção da tendência de melhoria do saldo externo devido à redução das importações (-3,2%) e aumento das exportações (+4,1%).

(Fonte: INE, Trimestral)
Este facto resulta em parte do bom desempenho das exportações, mas é resultado, principalmente, da redução significativa das importações. A restrição do consumo interno, seja ele público ou privado, está a ter um impacto muito significativo na importação de bens.

(Fonte: INE, Trimestral)
O setor do turismo, a principal fonte de exportação de serviços da economia Portuguesa, mantém uma tendência positiva apesar da conjuntura Europeia.

7 de julho de 2013

Desemprego Antes e Durante a "Crise"

Muito se tem falado sobre a imposição de políticas de austeridade por parte dos países do norte aos países do sul. Estas políticas de austeridade tiveram como consequência mais direta o aumento drástico do desemprego nos países do sul e  nos países de leste. Apesar de toda esta "crise" ter tido um impacto negativo no mercado laboral da grande maioria dos países da UE, parece que houve um país que viu a situação do mercado laboral melhorar.

Evolução da taxa de desemprego europa, EUA, Japão
(Fonte - Eurostat maio 2013)

A Alemanha está neste momento com uma taxa de desemprego de 5,4% (média 2013) que compara com uma taxa média de 7,5% em 2008.

5 de julho de 2013

Empréstimos, depósitos e euribor

No seguimento do meu posto anterior sobre a evolução das taxas Euribor, apresento abaixo a relação entre a evolução da Euribor a 6 meses com as taxas praticas por bancos nacionais a particulares para novas operações de  crédito habitação e novas operações de depósitos bancários renováveis até um ano.
Taxa de Juro Empréstimos e Depósitos de Particulares e Euribor 6 Meses
(Fonte: Banco de Portugal, EBF)

Até meados de 2005, os bancos gozavam de uma margem financeira confortável. Conseguiam financiar-se junto dos particulares, ou no mercado interbancário, e ter uma margem financeira razoável. Alias, esta basta olhar para o net interest margin e resultados destas instituições neste período. Esta tendência no entanto veio a degradar-se com as campanhas de crédito habitação agressivas que todos nós conhecemos. Quem não se lembra das campanhas que ofereciam 100% de financiamento (às vezes até mais) e um spread de 0,25%?

Taxa de Juro Empréstimos vs. Depósitos e Euribor 6 Meses
(Fonte: Banco de Portugal, EBF)
A loucura do crédito habitação atingiu o auge em agosto de 2007. O spread entre a taxa média dos novos créditos e a Euribor a 6 meses foi de 0,2%. Esta situação mudou drasticamente em novembro de 2008, o spread médio passou para 1,4%, mais 0,9% que o mês anterior e atingiu uma valor máximo de 3,2% em em janeiro de 2012. A evolução do spread entretanto tem rondado os 3%. 

A evolução do spread foi influenciado principalmente pelas condições de financiamento dos bancos nacionais e pelas suas politicas de funding e desalavancagem.

O aumento significativo dos spreads foi acompanhado pelo aumento da remuneração dos depósitos. Em outubro de 2011, a taxa de juro dos novos depósitos foi superior à taxa de juro dos novos empréstimos.

1 de julho de 2013

Evolução das taxas Euribor e principais choques no mercado interbancário

As taxas Euribor são utilizadas como referência para as taxas de juro de curto prazo na zona euro e representam a taxa média de empréstimos praticados entre bancos europeus no mercado interbancário. Apesar de não diretamente controladas pelo Banco Central Europeu (BCE), aproximam-se da taxa diretora do BCE, a principal ferramenta de política monetária na Zona Euro. Tratando-se de taxas de mercado, as Euribor estão suscetíveis a choque que afetam o sistema bancário europeu e pela intervenção direta do BCE no mercado monetário.
taxas de juro curto prazo zona euro
(02-01-02 até 28-06-13 - Fonte EBF e BCE)
Até meados de 2007 as taxas Euribor antecipavam a evolução da taxa diretora do BCE. Entre o final de 2002 e meados de 2003, anteciparam com precisão a evolução da taxa diretora demonstrando que os mecanismos de transmissão monetária eram na altura eficazes.

Em julho de 2007 ocorreu o primeiro choque significativo no mercado interbancário desde a introdução do euro. Estávamos no início da crise do subprime que teve origem nos EUA e dois fundos de investimento da Bear Sterns entraram em colapso. Este acontecimento teve um impacto significativo nas taxas Euribor. A Euribor a 3 meses passou de 4,215% para 4,729% nos 60 dias seguintes às dificuldades da Bear Sterns, um aumento superior a 50 pontos base. Apesar de esta ocorrência ter tido pouco impacto direto em outros bancos Europeus, fez com que os bancos receassem emprestar dinheiro no curto prazo com medo de novas dificuldades de financiamento.

Os piores receios concretizaram-se do dia 15 de setembro de 2009 com o anúncio da falência da Lehman Brothers. A Euribor a 6 meses atingiu o valor mais elevado de sempre fixando-se em 5,448% no dia 9 de outubro de 2009. Como resposta a este novo choque, e numa resposta concertada com a Reserva Federal, e outros bancos centrais mundiais, o BCE anunciou um corte de 50 pontos base na taxa diretora. Entre outubro de 2008 e maio de 2009, o BCE reduziu a taxa diretora mais oito vezes num total de 375 pontos base. Esta intervenção sem precedente fez com que as Euribor atingissem mínimos históricos em marco de 2010.

Face a novas dificuldades de liquidez que resultaram dos receios em torno do perdão de dívida grego, e como desenrolar da crise das dívidas soberanas em outros estados da Zona Euro, o BCE injetou primeiro 489 mil milhões de euros no dia 22 de dezembro de 2011 e mais 530 mil milhões de euros em 1 de março de 2012 no mercado monetário através dos Long Term Refinanciang Operations (LTRO). Estas operações resultaram numa diminuição significativa das Euribor após a primeira operação.

30 de junho de 2013

Apresentação do Blogue

Este espaço destina-se à análise da evolução dos principais indicadores macroeconómicos que afetam a economia portuguesa e europeia. Pretende-se apresentar de forma objetiva a evolução destes indicadores, identificar os catalisadores que explicam a sua evolução e refletir sobre os seus impactos na atividade dos agentes económicos. A análise pretende ser isenta de ideologias políticas e tem como objetivo único apresentar fielmente a evolução das variáveis económicas.